Deca e Cristian se falaram várias vezes antes do feriado, e quando finalmente chegou o dia do encontro, ela resolveu ir bem mais cedo pra praia a fim de estar bem relaxada quando ele chegasse.
O dia estava lindo, e o sol prometia ficar cada vez mais forte.
Deca agradeceu ao céu por ter se obrigado a ir a praia todos os domingos, pois agora seu bronzeado estava perfeito e fazia um belo contraste com o biquíni branco, que pouco deixava a imaginação de quem estivesse olhando.
Ela localizou o ponto marcado para o encontro, estendeu sua kanga, ligou o disk-man e deitou-se para relaxar.
Lá pelas 9:00h quando o sol começou a esquentar, ela resolveu dar um mergulho para se refrescar. Cristian chegou no exato momento em que voltava do mergulho; seu corpo curvilíneo de seios fartos, bronzeados, totalmente molhado, era uma visão extremamente sexy e os banhistas que estavam por perto não pouparam elogios e assobios.
Ele começou a prestar mais atenção nos detalhes e dar nota para o que via.
- Rosto oval, olhos castanhos esverdeados, boca carnuda, dentes claros, cabelos sedosos, longos e ondulados: nota 10. Corpo de parar o trânsito, bumbum redondinho sem estrias ou celulite: nota 11, fala sério! Esses seios estão pedindo que eu de uma boa apalpada, e esse jeitinho de moleca totalmente despretensiosa que deixa qualquer um louco.
De repente ele percebeu que estava ficando excitado a ponto de ter que colocar sua mochila pra frente, então achou melhor pensar em outras coisas por um segundo antes de ir até Deca. O primeiro pensamento que teve foi que precisava bolar um plano para fazer com que Alícia não desconfiasse que ficara muito interessado em sua prima.
Não seria nem um pouco penoso cumprir o que havia prometido a Alícia, aliás, seria um prazer; e quisesse ela ou não, ele iria fazer de tudo pra levar Deca pra cama. Uma mulher daquelas não se podia desperdiçar! De jeito nenhum!
Cristian respirou fundo mais uma vez, e foi ao encontro de Deca, ele chegou quando ela, deitada de bruços na kanga, desatava o biquíni e tentava em vão cobrir toda a área das costas com o bronzeador.
Ao vê-lo Deca ficou totalmente sem graça, mas conseguiu sorrir.
- Oi! Quer ajuda?
- Obrigada! Você não acha que nós deveríamos ter braços maiores?
- Com certeza. Mas você não precisa passar por essa dificuldade com o bronzeador, aqueles rapazes ali – apontou para um grupo de homens que estavam olhando para ela babando – não iriam te negar uma ajudinha...
Deca corou até a raiz dos cabelos, mas resolveu entrar no jogo e tentar seduzi-lo também.
- Você tem razão... Como é que não vi esses rapazes tão prestativos aqui? Acho melhor chamá-los logo, antes que minhas costas fiquem ardendo. Muito obrigada pela dica.
- Sabe, eu também sou muito prestativo e pra provar, vou fazer esse sacrifício de passar o bronzeador pra você, apesar de não ter se levantado pra me dar um abraço quando cheguei.
- Mas é claro – Deca ficou sem graça com a observação de Cristian, e já ia se levantando esquecida de que o biquíni estava desamarrado.
- Acho melhor não fazer isso agora, a não ser que você seja adepta ao top less...
- Oh meu Deus! Espere um pouco que vou amarrar este biquíni. É que não gosto da marca que fica nas costas. Tem gente que acha sexy, mas eu não gosto.
- Não precisa, relaxe que passo o bronzeador pra você, o abraço fica pra mais tarde, quando for dar um mergulho. – e se abaixando pra começar o trabalho, comentou – Então é assim que você faz pra não ter marca nas costas... quando vi seu bronzeado e não achei a marquinha nas costas, pensei que fosse adepta do nudismo...
- Não, de maneira nenhuma! Eu morreria de vergonha; até um tempo atrás, eu usava maiô inteiro, mas a marca ficava muito feia. Minha prima Valéria me fez colocar um biquíni e tomar sol na casa dela por uns tempos, até que meu bronzeado estivesse uniforme.
- Porque não usava biquíni?
- Eu não achava que ficaria bem de biquíni, sempre tive problemas com meu peso, sempre fui a gordinha da turma, por isso tinha vergonha, mas minha vida mudou de repente e então eu parei de me preocupar, passei a perceber que outras pessoas muito mais gordas iam a praia de biquíni, e então deixei de me importar com isso, não vou a praia pra arrumar namorado, mas pra me divertir e relaxar.
- Você era gorda?
- Tenho este mesmo peso desde os 16 anos. Vivo dizendo que vou fazer dieta, mas eu adoro cozinhar, e comer. Então desisti.
- Não estou vendo gordura em lugar nenhum. Você é curvilínea, não gorda. Não sei quem disse que os homens gostam das mulheres esqueléticas. Nós gostamos do meio termo, uma mulher com curvas, que não seja gorda, mas que tenha carne pra se pegar. Desculpe a forma de falar, mas é a verdade.
- Sei que só está sendo educado, mas mesmo assim obrigada. – finalmente Deca consegue alcançar o bronzeador que havia escorregado pra debaixo da kanga. – Aqui está o bronzeador. Passe bastante por favor.
Quando Deca se esticou na kanga de maneira mais relaxada, suas nádegas ficaram ainda mais arrebitadas e pareciam pedir a Cristian que as tocasse, e com muita dificuldade ele se concentrou na tarefa que tinha que cumprir, mas estava sendo um verdadeiro suplício pois a pele dela parecia feita de seda, muito macia ao toque; e aquelas gotinhas de água do mar escorrendo dava vontade de sugar toda a extensão. Quando finalmente deu por terminada a tarefa, Cristian suava frio e suas mãos estavam muito tensas, e pra piorar ele estava novamente excitado, muito excitado, e teve de recorrer mais uma vez ao subterfúgio da mochila. A coisa ficou ainda pior quando ela pediu a ele que amarrasse as cordinhas de baixo do sutiã na lateral da calcinha pra que ela pudesse sentar pra conversar e mesmo assim não ficar com a marquinha tão comentada.
Deca estava se sentindo muito confiante naquela manhã em particular, e resolveu tentar seduzir Cristian. Sentou-se de frente para ele e perguntou se ele queria o bronzeador, filtro ou bloqueador solar.
- Eu vou aceitar o filtro solar, esqueci o meu no carro, e pra falar a verdade estou com preguiça de ir buscar.
- Então vou retribuir o favor; vire-se que vou passar o filtro nas suas costas.
Não tinha como negar, mas ele sabia que a situação só iria ficar pior quando ela tocasse na sua pele.
Deca percebeu que Cristian estava muito excitado e isso a deixou ainda mais ousada, e resolveu passar o filtro de forma extremamente lenta e meticulosa. Ele quase ronronava enquanto ela esfregava o produto em suas costas. Ao terminar ela o surpreendeu com mais um cuidado.
- Agora vire-se que vou passar o filtro no rosto, porque se não vai acabar ficando vermelho e depois vai descascar.
- Não precisa, eu mesmo passo.
- Anda logo, vire-se. Quando a gente passa filtro solar no rosto geralmente fica com a cara branca, porque não dá pra ver o que esta acontecendo, e com isso não espalhamos direito o produto.
Deca fez de propósito, ficou de joelhos entre as pernas de Cristian, e deu um jeito para que seus seios ficassem bem na direção da cara dele. Ela viu quando ele fez força pra engolir e teve vontade de dar uma risada, mas ao mesmo tempo se sentiu orgulhosa do poder que estava exercendo sobre ele. Ela resolveu disfarçar.
- Feche os olhos e levante o rosto.
- Olha, realmente não precisa.
- Vamos logo.- quando ele finalmente cedeu e ela pode começar o processo, resolveu puxar assunto – Nossa você esta tenso! Seus músculos estão rígidos até dizer chega! Você deveria relaxar mais. Pronto terminei!
- Obrigado! Pelo seu bronzeado, você deve vir a praia todos os dias.
- Todos os dias não porque trabalho em período integral, mas venho todos os finais de semana, às vezes corro um pouco no calçadão e depois me jogo nesse mar maravilhoso, outras vezes, quando estou com preguiça ou tensa, venho só me deitar na areia e aproveitar o sol e o mar.
- Você chegou cedo hoje!
- Sim, gosto de chegar bem cedo e aproveitar enquanto a praia esta vazia e calma pra relaxar. E você? Costuma ir muito a praia?
- Não muito. Também trabalho em período integral. Eu adoro o Marcelo, mas não pretendo trabalhar pros outros a minha vida inteira, e como ele não pensa em expandir ou fazer novas sosiedades, assim que chego do trabalho me reúno com uns amigos que serão meus futuros sócios para estruturar a nossa empresa, e também estou procurando um lugar legal para construir a minha casa, quero que seja perfeita, do jeito que sempre imaginei. Como vê, só me sobra o final de semana pra pôr as minhas coisas em ordem, em casa.
- Morar sozinha é meu sonho! Tenho procurado um apartamento, mas com o que ganho esta difícil, muito difícil. A Valéria se ofereceu pra morar comigo e dividir as despesas, mas eu queria mesmo morar sozinha, sabe, ser dona do meu nariz.
- Isso é legal! Mas mudando de assunto, vamos dar um mergulho?
- O mar está bastante agitado agora, então vou ficar só na beirada. Tenho muito respeito pelo mar, morro de medo de me afogar.
- Você sabe nadar que eu vi.
- Sim eu sei mas...
- Vamos lá, eu te ajudo a passar da arrebentação. Pode confiar, sou bom nadador, e já fui salva vidas.
- Ok, vamos lá. Mas já vou avisando que estou com medo.
Com a ajuda de Cristian eles passaram a arrebentação, mas Deca ficou muito cansada e teve que se apoiar nele, porque ali não dava pé pra ela, era impossível tocar o chão.
Em um determinado momento a maré os jogou um nos braços do outro, e depois de se olharem por um tempo, rolou o tão esperado beijo. Um beijo forte, intenso que mexeu com todas as células do corpo de ambos, e eles passaram a explorar o corpo um do outro sem deixar terminar aquele beijo.
Cristian enfim pode espalmar suas mãos sobre as nádegas de Deca, explorar os seios, ele adorou encher as mãos com os seios dela, brincar com os bicos.
Deca por sua vez explorou o peito dele passeou suas mãos livremente pelo tórax de Cristian, depois espalmou as mão sobre as nádegas, e o puxou pra mais perto dela, como se isso fosse possível; ela queria, precisava senti-lo dentro dela, ali naquele momento e parecia que o mar resolvera colaborar , pois parara de jogar e estava totalmente sereno.
Deca cruzou suas pernas nas costas de Cristian num convite claro ao seu corpo, ele percebeu e passou a explorar de forma mais íntima o corpo colado ao seu. Quando percebeu que não iria agüentar mais, entrou no corpo cálido que estava ali, colado, se esfregando no seu. Deca suspirou, ela se sentia totalmente tomada por ele. Quando finalmente veio a satisfação final. Trocaram um beijo ainda mais profundo.
Só então eles resolveram voltar a areia, estavam exaustos.
Ao passarem pelos rapazes que Cristian havia citado anteriormente, eles bateram palmas e dois deles reverenciaram Cristian como se fosse um deus, ficaram de joelhos e balançavam as mãos.
Deca achou graça, e olhou para Cristian.
- Eu não falei que haviam rapazes muito atenciosos aqui, prontos pra te ajudar?
- Tem razão, você é muito observador. Muito obrigada pela dica. – ao terminar de dizer isso, ela se inclinou para frente e deu um beijo nos lábios de Cristian. Os rapazes foram a loucura e passaram a assobiar e chama-lo de rei. Deca estava morrendo de rir.
Ela deitou-se de frente na kanga e o chamou pra deitar-se ao seu lado, visto que a kanga era muito grande e caberiam os dois facilmente.
Assim que olhou nos olhos de Cristian ela viu o desejo estampado neles e ficou constrangida, porque estavam em lugar público.
- Você está mexendo com fogo mocinha... Agora me dê esse bronzeador, que vou passar pra você.
- Cristian... nós estamos na praia, tem muita gente olhando... veja lá o que vai fazer... – ela o viu pegar o bronzeador e em seguida falou bem perto do ouvido dela.
- Eu só vou passar este bronzeador em você, não posso deixar que perca o seu bronzeado. – Ele levantou o rosto e sem tirar os olhos dos olhos dela, começou a passar o bronzeador pelos ombros, pescoço, colo, quando chegou ao vão dos seios, Deca teve que fechar os olhos, ela sentia os mamilos ficando rígidos, e parecia que ele não estava com nenhuma pressa de terminar de passar o produto nos seus seios, teve uma hora que ela chegou a suspirar, foi quando ele falou novamente junto ao seu ouvido. – É pra compensar o que me fez sentir ainda a pouco, lá na água... – e lhe deu um beijo longo e profundo sem deixar de esfregar o bronzeador, só que agora na barriga dela. De repente ele para e volta a falar no seu ouvido. – Vamos sair daqui. Quero ficar com você. Agora! Você veio de carro?
- Não deixei com a Valéria! Cristian, eu... eu... – ela queria dizer que nunca tinha feito aquilo antes, transar logo no primeiro encontro, mas parecia que seu celebro não estava funcionando direito. – Eu nunca fiz isso antes, eu não sou de transar logo no primeiro encontro... não sei o que deve estar pensando de mim.
- No momento, só sei que quero ficar com você sozinho. Você quer?
- Quero!
- Vamos comigo, eu estou de carro.
Eles juntaram as coisas em tempo recorde e rumaram em direção ao carro. Quando finalmente entraram, Cristian a puxou pro seu colo e ela pode perceber que ele também estava excitado, ele a beijou com urgência e paixão que os deixou sem fôlego.
Quando ela voltou ao seu lugar e recuperou o fôlego falou.
- Isso pra mim é novidade! Eu geralmente sou muito contida...
- Eu também me surpreendi. Pra falar a verdade, esperava que você me descartasse. O Marcelo me disse que você é muito reservada, as palavras exatas dele foram, delicada e contida. Ele te gosta muito, e me fez prometer que iria cuidar bem de você. Chegou até a me ameaçar.
- O Marcelo? Como assim te ameaçar?
- Disse que se fizesse alguma coisa que te ofendesse ou magoasse, eu iria ficar sem uma certa parte do meu corpo... – ele falou em tom jocoso, mas Deca se sentiu contente ao perceber que tinha conquistado o respeito e o carinho do marido de Alícia.- O que foi? Disse alguma coisa errada?
- Não. É só que não sabia que el gostava assim de mim. Na verdade sempre simpatizei com ele. Sinceramente, não acho que eles se pareçam, só espero que ela o respeite.
- Na verdade eles estão tentando um bebê. E foi idéia dela.
- Jura? Nossa! Isso é que é mudança. Bem espero que dê tudo certo pra eles.
- E pra nós. Olha isso também é novidade pra mim. Geralmente eu espero conhecer melhor a pessoa que está comigo antes de iniciar um relacionamento, mas ficar com você me pareceu tão natural, tão certo. Entende? É como se isso tivesse que acontecer.
- Onde nós vamos?
- Eu ia te levar pra um motel, mas quero que o nosso primeiro momento sozinhos seja num lugar mais especial... na minha casa!
- Eu vou adorar! Onde você mora?
- A duas quadras da sua casa. Acredita nisso? Estávamos tão perto e nunca nos encontramos...
Mal entraram na casa e ele já foi agarrando Deca, despertando todos os seu sentidos. Beijando todo o seu corpo com ardor, tocando-a com mãos famintas, descobrindo seus pontos mais sensíveis e ela deixando ser tocada, sentindo todo seu corpo incendiado como nunca sentira antes. Ele percebeu a urgência do seu desejo, mas queria que ela o descobrisse também, precisava sentir o toque daquelas mãos delicadas em seu corpo, ansiava pelo contato daqueles lábios carnudos e sensuais em sua pele. Descobriu-se dominado pelo desejo que sentia por aquela menina simples de corpo delgado e olhos sensuais, de uma maneira que não aceitava a espera, então ele tirou as poucas peças que ela vestia e a fez deitar no tapete da sala sem deixar de beija-la um só instante. E como um maestro, conduziu a orquestra com toda imponência e tudo no seu exato momento. Beijou seu corpo todo mais uma vez e esperou até o momento em que ela pediu, quase implorando, para que ele consumasse aquele ato que ela tanto esperava. Abriu as suas pernas delicadamente e foi entrando em seu corpo vagarosamente, com uma calma que a deixou alucinada, ela não podia, nem queria esperar mais, mas ele queria prolongar ao máximo aquele momento mágico, e quando não pode mais agüentar, aumentou o ritmo até que chegaram, juntos, ao êxtase, quase beirando a loucura total, quando enfim puderam se abraçar e relaxar ouvindo e sentindo o ritmo de seus corpos voltando ao normal.
Depois de aplacar a fome que sentiam um do outro, Cristian lhe mostrou a casa, a piscina e os cachorros.
Ainda ficaram namorando mais um pouco, almoçaram e quando finalmente resolveu leva-la para casa, percebeu que ainda queria mais, e que talvez nunca ficasse satisfeito.
Ele precisava agradecer a Alícia pelo presente que ela havia lhe dado.